sexta-feira, 21 de novembro de 2008

Dada

Demorou um pouco para publicar o post que já tinha pensado desde o início deste blog, ja que este é um dos meus restaurantes preferidos da capital.
Localizado `a 1 quadra da Praça San Martin - umas das regiões mais bonitas da cidade - DADA é um pequeno bistrô muito aconchegante, com um atendimento atencioso e um publico misto entre clientes fieis e turistas - já que a zona é cercada de hotéis.



Com uma cardápio de apenas 1 página, DADA consegue abarcar um menu bastante variado, que inclui carne, frango, peixe, além de saladas e massas. Na minha opinião, cardápios mais concisos é garantia de que a cozinha vai servir tudo fresco e bem preparado. E isso se confirma.
Além do menu fixo, o restaurante trabalha com sugestões que mudam diariamente, escritas em giz num quadro negro, trazido a sua mesa pela garçonete.
Ou seja, o dia que conseguem um linguado fresco ou alguma verdura da estação criam um prato novo e sugerem como especial do dia. Certíssimo!



O forte da casa é sem dúvida as carnes, em especial os Lomos, imperdíveis. Tanto o Lomo Dada como Lomo Mediterraneo são pratos muito saborosos e bem servidos. Normalmente, um prato principal é suficiente, e se a fome é grande, vale a pena pedir uma entrada OU uma sobremesa para dividir.



Bom, nas fotos acima temos o famoso Lomo e Volcano de Chocolate con Helado de Crema de sobremesa. Muy rico!
Aplausos para o cozinheiro deste lugar que cozinha a carne no ponto que você espera. Nem mais, nem menos cozido.
A carta de vinhos e de coquetéis é variada ainda que não seja o principal atrativo da casa.
Este restaurante sim é para se freqüentar todas as semanas. Eu sou meio suspeito pra falar ja que eu sou um dos "habitués".

Onde fica: San Martin, 941 (a 1 qda da Plaza San Martin)

quinta-feira, 20 de novembro de 2008

PonJa!

Buscando diversificar o conteúdo deste blog, segue uma história em quadrinhos:




Algo um pouco complicado de se encontrar em Buenos Aires é um bom restaurante de comida japonesa e que sirva Atum. Raríssimo... pros argentinos o único peixe cru que existe é salmão.
Num país onde carne vermelha é motivo de orgulho nacional, os peixes e frutos do mar são deixados em segundo (ou terceiro) plano.
Ja provei vários lugares e até agora não encontrei algum que me convenceu. Acredito que se come muito melhor japonês no Brasil. Creio que um dos motivos é conseguir produtos frescos e de boa qualidade. Não aconselho pedir pratos com camarão em qualquer lugar por exemplo, pois é muito provável que te sirvam micro-camarões que estiveram congelados por longa data...
A saída mais certa (e mais cara) é o restaurante de comida Nikei (fusion japonês-peruano) OSAKA, fundado em Lima e com filiais em Buenos Aires e Santiago.
Ainda não tive a oportunidade de provar mas, pela opinião de alguns amigos que estiveram aí, corresponde as expectativas de um restaurante japonês.
Enquanto isso, fazemos nossas próprias experiências de comida oriental em casa mesmo.
Aproveitando o gancho, comida peruana sim se pode encontrar por todos os lados, devido a grande quantidade de imigrantes de aí vivendo na Argentina.
Mas isso merece um capítulo a parte.

ps. Ponja é como chamam aos japoneses, seguindo o costume local de inverter as sílabas das palavras; Ponja = Japon, Gotan = Tango (como o nome da banda, Gotan Project).

quarta-feira, 19 de novembro de 2008

Olsen

Comida Nórdica... (quê?)
Vodkas que acompanham desde a entrada `a sobremesa passando pelo prato principal... (oba!!)
Se você gosta de tomar bons tragos e tem curiosidade de saber de que se trata esse tipo de comida, esse é o lugar pra se conhecer.
Com uma ambientação cálida, impecável, que inclui pé direito bem alto, lareira, muita madeira e banheiro com as paredes plotadas e com cheirinho de eucaliptos, OLSEN é o lugar certo para os que buscam glamour na noite portenha.
Saia com dinheiro no bolso porque os preços não são nada baratos. Porém vale a pena já que eles têm uma carta de drinks bastante criativa e preparam os coquetéis clássicos com bebidas de qualidade e da maneira como se deve fazer.
Bom, com respeito a comida nórdica, o menu inclui muitos defumados e carnes de animais selvagens - cervo, javali - além de atum e salmão, quase tudo banhado com algum molho de frutas vermelhas. Tudo muito silvestre!
O sabor dos pratos é bem marcante, ou seja, esse não é um lugar pra freqüentar todas as semanas senão você vai enjoar rápido.
Creio que o melhor que a casa tem pra comer está na primeira página do cardápio. São as "picadas" como dizem aqui. Pratos pra comer com as mãos e dividir com os amigos. Isso tudo acompanhado de Vodka, a estrela da casa.
Uma sugestão interessante é o que chamam de "5+5" que consiste em 5 pares de canapés distintos pra serem degustados com 5 tipos de vodka. A apresentação do prato é pra se comer com os olhos:



Se você tiver sorte e te atenda um garçom atencioso, ele(a) vai te recomendar a seqüencia de degustação de cada Vodka/Canapé, indo do mais suave ao mais forte. Uma experiência bastante divertida.

Outra opção é pedir entrada em separado (sem os shots) e escolher tragos da carta do bar. Um muito interessante é o Pepper Berry, feito com polpa de frutas vermelhas, Absolut Pepper, um toque de tabasco e pimenta negra moída. Ou a caipiroska de tangerina que acompanha o meu Martini "Sujo e Seco" (sim, adoro) na foto abaixo:



As entradas que acompanharam esses tragos foram Blinis de Milho servidos com Truta, Salmão e Caviar; Pão tostados com patê de figado e champignon fresco e Carpaccio de Cervo. Luxo, não?

Tenho que citar o prato mais gay que pedi na vida servido aí: Ravioles recheados com cervo defumado e cerejas negras ao molho de Iogurte. Tá, meu bem!

Onde fica: Gorriti, 5870. Palermo Hollywood

ps. sim, cervo é veado.

segunda-feira, 17 de novembro de 2008

Sarkis



Essa muvuca de pessoas paradas em uma esquina de Villa Crespo já é uma cena bastante habitual nas noites portenhas. E o culpado disso é o restaurante de comida árabe SARKIS, que abre de segunda a segunda para o almoço e jantar (até tarde da noite).
Pra quem gosta de comer bem e barato essa é a melhor opção. Não apenas as porções fartas e os preços acessíveis fazem esse lugar ser bem freqüentado. A comida do oriente médio servida aí é excelente.
O ideal é pedir um pouco de cada entrada ou prato - que pode ser meia porção - para ter uma mesa variada, bonita e rica em sabores, como na foto abaixo:


Destaque para o Tabule e pro Falafel, além do Kibe cru, servido a maneira Armênia, como nos ensina bem o garçom Alex:


Deste garçom tive muito "medo" no principio pela sua forma nada delicada de nos atender... Depois, no desenrolar da noite nos fizemos melhores amigos e Alex nos ofereceu Arak como cortesia da casa.
Pra quem é místico e gosta de previsões recomendo pedir o café (horrivel, doce e sem filtrar) para que Roxana Banklian faça a leitura da borra do seu café. E depois entregue o cartãozinho dela, básico.
...
Da análise do meu futuro eu até gostei, mas do café definitivamente não:


Saí tão cheio que não coube espaço pra provar as sobremesas. Mas com certeza regressarei para provar outros pratos.

Onde fica: Thames, 1101 ( a 1 quadra de av. Cordoba)

sábado, 8 de novembro de 2008

Tripa Gorda



O composê acima, não muito convidativo, se chama Tripa Gorda y Chinchulines (instestinos grosso e delgado da vaca) que muitos argentinos adoram comer no churrasco.
Eu em principio tinha um pouco de resistência em provar os chinchulines, porém lhes comento que marinados com limão e pimenta e bem assados na grelha são saborosos e tem uma consistência interessante.

A famosa Parillada Argentina adora incluir miúdos de vaca como intestino, rim, amídalas e cérebro (!!) além do chorizo (lingüiça de porco) e morcilla (lingüiça com sangue e outras coisas que nunca tive coragem de descobrir).

Os cortes mais clássicos da Parillada completa são o Assado de Tira - meu preferido - Vacio e Entraña que são partes da costela, muito saborosos. Os cortes de carne argentinos costumam valorizar a carne próxima ao osso e com uma capa de gordura que tornam a carne macia e muito saborosa.

Outras variedades imperdíveis são o imenso Ojo de Bife e o famoso Bife de Chorizo, que em um restaurante são servidos individualmente, e não como parte da "parillada".
Prepare-se, pois será servido uma peça imensa de quase meio quilo de carne no seu prato. Na maioria das vezes comem 2 pessoas.
Lembrem-se que as guarnições, como batata frita ou salada, devem ser pedidas a parte, pois na Argentina a CARNE é PROTAGONISTA y SOLISTA do seu prato.

Com respeito aos pontos de cocção da carne:
Mal passado - Jugoso
Ao ponto - A punto ou Termino Médio
Bem passado - Cocido ou Bien Cocido

Bom apetite!

sexta-feira, 7 de novembro de 2008

Ponemos a prueba!

Para dar mais credibilidade as eventuais receitas publicadas nesse blog, seguem as fotos as empanadas sanjuaninas preparadas ontem a noite.
Próxima vez provaremos fazer com azeite de oliva, creio que ficará mais leve e mais fácil de trabalhar a massa.



quinta-feira, 6 de novembro de 2008

Che, y las empanadas?

Depois de 1 semana de viagem a San Juan e sem post, aca estoy.

Aproveito o embalo para falar das famosas empanadas, das quais as mais tradicionais são a Salteña (de Salta, noroeste argentino) e Sanjuaninas (da província onde estive, que além de ser conhecida por suas empandas produz bons vinhos e as melhores azeitonas pretas e uva passas que já provei).
Para os que quiserem se aventurar em casa e preparar suas próprias empanadas, segue a receita da vizinha de onde fiquei em San Juan, Dona Amanda:

1kg de farinha de trigo
300g de gordura animal ou vegetal (animal fica mais saboroso e calórico)
50ml de água
Sal

Misturar a farinha com o sal, espalhar sobre a mesa, abrir no meio um buraco (como um vulcão), agregar a gordura (já liquida) aos poucos e, por último, acrescentar água. Amassar, amassar até formar a massa; fazer pequenas bolinhas. Esfriar na geladeira um pouco (assim facilita o manuseio) e abrir as bolinhas individualmente para rechear as as empanadas. A partir de aí o processo é como se estivéssemos recheando um pastel.
Assá-las em forno médio a alto até que se dorem.
Fácil :-)

Bom, agora conto como foi que descobri a fazer massa de Empadão.
Em uma das minhas pesquisas de receita de empandas por internet encontrei uma receita que dizia 750 de farinha para 300 de gordura.... muito pouca farinha! Resultado: a massa ficou igual a massa podre de empadão! Eu adorei! Meus roomates não muito porque não existe empadão ou empadinha na vida deles...

Finalmente, se a você não interessa cozinhar e sim, comer empanadas "ricas" quando estiver de passeio por Buenos Aires, aguarde o próximo post...